sexta-feira, 27 de junho de 2014

Conquistador

Para Susanna Albuquerque

Dia desses te encontrei
Um acaso de repente
Fui invasor do teu espaço,
Mas por um olhar fui dominado.

Como pode o invasor ser conquistado?

Foi o teu olhar,
Foi o teu riso
Foi o teu jeito de se mostrar

Quando dei conta, tentei voltar
O território abandonar
Em vão, tentei fugir

Eu tentei...

Me aproximar
Chegar mais perto
Te falar

E agora já nem sei
Se triunfei ou fui vencido
Mas que importa?
Não há dúvidas, afinal
Na certeza do teu olhar.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Receita: Frango ao molho de laranja (Sem glúten e sem lactose)

Para Júlia Santos

Um frango macio e saboroso para um jantar a dois ou até mesmo um almoço em família.


Ingredientes
·  Filés de frango
·  Vinagre
·  1 copo de suco de laranja
·  2 colheres de margarina Becel
·  2 tabletes de caldo de galinha
·  Ervas de sua preferência 

Modo de preparo
1. Lave os pedaços de frango e tempere ligeiramente com vinagre e reserve.
2. Leve ao fogo a manteiga para derreter e junte o caldo de galinha e o suco de laranja.
3. Coloque o frango em uma travessa e despeje o molho de suco de laranja e as ervas.
4. Leve para assar por 40 minutos ou até que o frango esteja dourado e macio.
5. Durante o cozimento, regue o frango com o próprio molho.

domingo, 22 de junho de 2014

Uma carta suicida

Querido mundo,

   Obrigada por ter me abrigado por tantos anos, mas agora não dá mais.                                                            
   Escrevo esta carta para meus amigos e familiares, para agradecer por tudo que fizeram por mim e o quanto foram importantes na minha vida. Não vim aqui para dizer os motivos, só que estou cansada deste mundo violento e preconceituoso, onde não há respeito e não sou compreendida. Saibam que esta carta é feita com amor, apesar de ser por causa de um ato desumano, um pecado, mas é o único jeito. Primeiramente quero dizer aos meus pais que não se culpem, eu só quero me libertar; pai, de certa forma estou lhe fazendo um favor; mãe, obrigada por fazer o impossível e que não estar presente não foi sua escolha. Eu amo vocês. Irmã é com você que eu me desculpo, você sempre foi ótima comigo e me ajudou em tudo, eu te amo. Aos amigos, obrigada pelas risadas e também pelos choros, sem eles não teria chegado até aqui. E por ultimo ao namorado, você foi uma das melhores coisas que me aconteceu, foi ótimo enquanto durou, você me resgatou, mas me puxaram de volta.
                                                                                                                          Amo todos vocês.
                                                                                                                               Adeus.


Susanna Albuquerque

sábado, 21 de junho de 2014

Poema Descompasso

Não estamos na mesma página
Você lê rápido demais
Ultimamente não há tempo
Mas estou com o livro em mãos
E conhecendo um mundo novo
Onde se pode sonhar
Acreditar que é possível
E entre os afazeres da vida
Reflito sobre a leitura
E sempre acabo sorrindo no final
Mas quando o livro acabar?
Conversaremos sobre ele
Ou simplesmente seguiremos em frente?


Susanna Albuquerque

Conto: Era uma vez a família Ramos

 Emily acordou numa manhã misteriosa em seu usual pijama verde, estava nublado em pleno setembro. Talvez as coisas parecessem normais para outros moradores da Rua Prestel, mas quando chegava o 12 de setembro tudo mudava para a família Ramos. Não foram os pingos de chuva que entravam pela janela e molhava o rosto rosado de Emily que a fez despertar, e sim os gritos estridentes de Stephane, que cortava o coração de Emily, pois ela sabia que seria igual ao ano anterior.
  Ao levantar, seguiu para o quarto de sua irmã e a abraçou o mais forte que pode, secou suas lágrimas e disse que ficaria tudo bem. As duas ficaram ali alguns minutos deitadas, a mais velha cantou musicas que a avó ensinara anos antes até Stephane pegar no sono novamente. Quando desceu para a cozinha, algo estranho, sua mãe não estava lá, não preparava as deliciosas panquecas, mas talvez isso já fosse esperado, afinal perder o marido de uma forma tão trágica causa danos às pessoas.
  Uma boa filha como Emily era, preparou o café-da-manhã, arrumou-o em uma bandeja e subiu as escadas. No fim do corredor a porta do quarto da mãe estava entreaberta, ela pensou nisso de uma forma positiva, pois não era uma boa equilibrista e a maçaneta seria um desafio. Ao empurrar a porta, um choque. Um grito. Uma bandeja no chão. Sua mãe se encontrava com a gravata de seu pai envolta do pescoço, pendurada no ventilador de teto.
  Precisou de alguns segundos para que Emily conseguisse se mexer. Não pensou, apenas correu para o quarto de sua irmã, pegou-a em seus braços e se dirigiu para o carro, só parando para pegar as chaves no móvel da sala que seu pai construíra. Colocou Stephane no banco da frente com a devida segurança, apesar da pressa. Emily não tirava a imagem de sua mãe morta da cabeça. Deu partida no carro.
  A menina de pijama verde só percebeu que Stephane falava quando a pequena tocou seu braço. Ela perguntava o que estava acontecendo, onde estavam indo, mas como se explica a sua irmã menor que sua mãe havia se suicidado horas antes? Como iria explicar que agora estavam órfãs de pai e mãe? Não sabia. Emily estava em estado de choque. Não aguentava mais, seus olhos se encheram de lágrimas.
  Ao tentar acalmar Stephane, que agora chorava, Emily olha sua irmãzinha e segura sua mão. Um Erro. Emily perde o controle do carro e capota. Não havia carros ao redor. Não havia socorro à vista.
  A motorista acorda, mexe as mãos, mas não sente as pernas presas nas ferragens, a gravidade não ajudava e fazia pressão em sua cabeça, que doía e sangrava. Olhou para o lado, sua irmã não se encontrava no banco. Havia um buraco no para-brisa. Stephane havia sido arremessada na estrada, ela não se mexia. Emily gritava para a pessoa inanimada na pista. Nada. Ao fechar os olhos e esperar pela morte, Emily ouve vozes. O socorro havia chegado. O que ninguém contava era com o problema no motor, a gasolina vazava. BOOM! Era uma vez a família Ramos...



Susanna Albuquerque

Não é tão doce assim

Nunca tive vontade de fazer um blog, essa é a verdade. Mas aí meu computador começou a dar problema e precisei de um lugar para guardar as minhas besteiras. Outra verdade é que não me acho uma boa escritora, eu acho que cozinho bem, então postarei todos os tipos de receitas, com e sem leite e seus derivados, porque para aqueles que não sabem sou intolerante à lactose. Mas eu gosto de escrever e na maioria dos meus textos tem a presença da morte, pois até ela tem sua beleza, ela lembra que a vida é passageira e que não deve se apegar demais, porque até a mais bela e cheirosa flor mucha e deixa seus contempladores desamparados. Por isso disseram: Carpe diem, aproveite o dia como se fosse o ultimo, não deixe nada pra depois, não hesite em dizer que ama alguém ou em comer aquele delicioso pedaço de torta de chocolate, o importante é ser feliz. Bem-vindo ao meu mundo algodão doce.